terça-feira, 29 de junho de 2010

COLOCANDO AREIA NO NEGÓCIO (palestra)




Diferentemente dos demais , este negócio precisa de muita areia para funcionar corretamente.
...e como sabem tem tudo haver com a fotografia que pratico, o turismo e as cidades da costa brasileira, que vem sofrendo modificações e estragos causados pela ganância, ignorância e a falta de preocupação antiga com os fatores climáticos, geogáficos e geológicos.

Quanto a palestra de hoje, foi um sucesso. Se ouviu, técnica e os porques dos acontecimentos em uma liguagem clara e miuto bem dirigida. Ouvimos também que a solução para a nossa praia é simples e barata, se levar em conta os benefícios à preservação da orla e ao turismo. Trocando em miúdos, o que já se poderia ser feito a governos passados era ridiculamente ter "colocado areía no negócio"!

(Texto escrito no dia 28 de Junho para ilustrar fotos que tirei da nova orla)
Parabéns, ganaciosos especuladores senhores. Agora ela está sepultada sob um mausoléu de granito. Dizer que volta? Não, não volta. Desde que me conheço como gente nunca vi a praia ser preenchida natural e progressivamente. Quando puder, visite o Charitas e pelas fotos da "evolução" da cidade vc vai ver o por que. O ciclo de reposição de areia pelos ventos não existe mais, pois fora interrompido pelas construções adjacentes ao Lido. Pelo tamanho das dunas da foto, elas somente poderiam crescer com a ação do vento predominante (leste/nordeste), logo esta areia vinha com a maré seca do Canal do Itajurú. O mar traz areia como a oceanógrafa disse na tv e toma areia como vimos pela ressaca, mas sem a ajuda dos ventos deste ciclo, agora se sabe que este mar, mais toma areia do que a repõe. Recordo-me bem que na orla era uma calçada comum ou menor do que é hoje do comércio que segue próximo ao Hotel Malibu e havia apenas uma pista. Depois se alargou bastante a calçada, e se adicionou mais 3 pistas, ficando a orla com 4 pistas e mais um calçadão. Que bacana! Linda a obra do jazigo da "família Praia". Me recordo também que não se necessitava de escada e se descia do calçãdão andando. O tempo foi passando e a caminhada virou um pulinho que se dava à areia. Este ficava cada vez maior e do pulinho virou um pulão e do pulão virou suicídio. Foi então que fizeram a expanssão do que estava expandidíssimo e se alargou o calçadão, sendo obrigado costruir um parapeito e escadas de acesso à praia.
Você consegue imaginar por esta foto o quanto de areia que apraia perdeu em todos estes anos? Porque será que não acontece mais a lendária onda da Pedra da Baleia? Simplesmente porque se rompeu um ciclo que seria fatalmente descoberto depois de quase 100 anos.
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Nota: Há um estudo em andamento sobre a granulometria da areia da Praia do Forte para se dragar o canal do Itajurú e fazer a reposição desta areia.

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